domingo, 18 de abril de 2010

Sou transitória, não sou confiável. Gosto de uma idéia, depois não gosto mais. Não posso esperar, precisa ser agora. Se eu pensar demais, vou desistir. Preciso que a passagem seja de última hora. Detesto o preço, mas que se foda. Estou sentada, preciso levantar. Estou de pé, preciso sentar. Coca-cola, vodca, vodca, vodca, vodca. Só o álcool permanece o mesmo. Não te abandono, copo. Te alimento, encosto. Mesmo que guarde meus segredos, me deixe vulnerável e me faça sentir coisas que não tem o menor cabimento. Sou ímpar, azar. Não quero que dependam de mim, não quero que me esperem ou que digam que está na hora. Só é hora quando eu falar que é. Me perco, mas continuo. Os joelhos com sangue, a boca seca. Só faço o que eu quero, não obedeço ninguém. Sem limites, vivo um dia de cada vez. Dou risada de mim mesma, zombo da minha contradição. Sou ridícula, tão encantadora. Não quero dar conselhos, apenas oferecer reflexões. Não sou exemplo, sou anormal. Só tenho conseguido dormir depois que amanhece.
O mundo inteiro acordar e a gente dormir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário